- 18 de outubro de 2016
Nesta quarta-feira, 19, o secretário estadual de Fazenda, Paulo Antenor de Oliveira,
afirmou em entrevista a uma emissora de televisão de Palmas, na manhã desta
quarta-feira, 19,que atender as reivindicações dos sindicatos, que cobram o
pagamento da data-base de 2016, seria "um ato de improbidadeâ? e "um
ato de irresponsabilidadeâ?. Os servidores do Estado estão em greve há mais de
70 dias.
"ImpossÃvel, impossÃvelâ?, afirmou Oliveira ao ser perguntado sobre as
reivindicações do funcionalismo. "Aà vamos matar gente na saúde mesmo, vamos
deixar crianças sem alimento nas escolas. Talvez tenhamos excelentes
profissionais pagos, mas não vamos ter gasolina para o carro, não vamos ter
merenda na escola e não vamos ter de fato remédio na saúde. ImpossÃvel, a conta
não fecha.â?
O secretário disse ainda que "qualquer recurso a mais para a folha vai
faltar na saúde ou na educação, ou na segurança", admitindo que este
último setor é o mais prejudicado neste momento em termos de investimentos.
Oliveira avaliou que não vê como o governo poderia aumentar mais sua folha
neste momento. "Ao contrário, o trabalho do governo nos próximos dias vai
ser duro. E tem que ser muito duro no sentido inverso, para diminuir o tamanho
da folha, como também diminuir o custo do plano de saúdeâ?, avisou.
Segundo o secretário, se o Estado continuar nesse caminho, "a demissão não
vai ser opção e vai ter que ser aplicada até mesmo sobre servidores
efetivos". "O governo terá que adotar medidas duras e não tem
alternativaâ?, reforçou.
Plansaúde
O secretário ainda afirmou que o plano de saúde dos servidores, o Plansaúde, no
formato atual, â??é inviávelâ?. "se não for [inviabilizado] hoje vai ser em
seis meses ou daqui a um ano, porque ele muito pesado para o caixaâ?, avaliou.
Oliveira contou que só o custo patronal do Estado com o Plansaúde é de R$ 150
milhões por ano para atender 91 mil servidores. â??Com R$ 150 milhões
resolverÃamos o problema da saúde para atender mais de 1 milhão de pessoasâ?,
comparou.
O secretário avisou que o Plansaúde será revisto. "Na forma atual, não
vejo futuro. � preciso mudar a forma de participação do servidor, ou abandonar
o atual modelo e adotar o modelo federal, que é uma ajuda de custo para que se
tenha o plano de saúde. Mas não há definição disso no governoâ?, explicou.
Fonte: Portal CT
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