• 30 de março de 2011
 

A edição do DOU (Diário Oficial da União) desta segunda-feira (28/3), por meio da publicação da MP (Medida Provisória) 528, oficializou a correção fixa anual da tabela do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) em 4,5% até o fim do mandato da presidenta Dilma Rousseff (2014). Embora abaixo da correção reivindicada, o índice atingido resultou de uma luta das centrais sindicais, que tomaram como base estudo do Sindifisco Nacional, demonstrando quão defasada está a tabela.

A correção, porém, ficou abaixo do que pediam as centrais (6,46%) e do entendimento do Sindifisco Nacional, que não vê no valor de 4,5% a possibilidade de recuperar a defasagem. Segundo estudo produzido pelo Sindicato, o descompasso estaria em 64%. No entanto, o governo atendeu ao pedido das centrais sindicais de promover um reajuste da tabela do IR não somente para 2011, mas para todo o mandato de Dilma.

Regras - Em 2010, foi obrigado a declarar IR quem recebeu mais de R$ 1.499,15 por mês. Em 2011, este valor sobe para R$ 1.566,61. Já em 2012, o limite de isenção avançará para R$ 1.637,11 e, em 2013, para R$ 1.710,78. No último ano do mandato de Dilma Rousseff, 2014, o valor subirá para R$ 1.787,77. A correção da tabela do IR também implicará reajuste dos valores das deduções do Imposto de Renda.

A atualização da tabela do Imposto de Renda está sendo feita com base no centro da meta de inflação deste ano, que é de 4,5%, tendo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) como referência. Entretanto, analistas do mercado financeiro estimam uma inflação bem maior para este ano, em torno de 5,9%, tendo como base o mesmo IPCA.

Os cálculos do Sindifisco que revelam a defasagem da tabela foram citados pelo site G1, ao repercutir a atualização da tabela.

Com informações:SINDIFISCO