• 07 de dezembro de 2012

Os sindicatos que representam os servidores do Poder Executivo do Tocantins estão satisfeitos com a paralisação realizada nessa quinta-feira, 6, por servidores nos diversos órgãos da administração, em prol do pagamento da revisão geral anual (data-base). A paralisação de 24 horas foi definida em assembleia geral conjunta dia 28 de novembro. Na ocasião, as categorias deliberaram que os servidores iriam ao trabalho, mas não realizariam nenhuma atividade durante o dia 6.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (Sisepe-TO), Cleiton Pinheiro, em Palmas, entre 55 e 60% dos servidores efetivos aderiram à mobilização. Já no interior, acredita que adesão tenha atingido 80% do quadro de servidores. Isso, segundo ele, é um fator a ser comemorado, levando em conta o “receio” que os servidores teriam quanto à “postura” do governo. “Mas, ainda assim, apesar do receio, a maioria paralisou, o que foi muito positivo”, avaliou.

“No interior, os servidores já estão mais acostumados com esse formato de mobilização. Em Palmas, é um pouco mais difícil, até pela proximidade que existe da administração do Estado”, comentou.

Ele afirmou ainda que muitos dos servidores que não paralisaram foram orientados a realizarem os serviços, uma vez que, na assembleia, ficou decidido que os serviços essenciais deveriam ser mantidos. Entre os setores que o sindicato apontou, cujos servidores são representados pelo Sisepe e foram orientados a permanecer em atividade, estão aqueles que têm relação com pagamentos e fiscalização.

“Estamos muito satisfeitos e acreditamos que o governo vai refletir e chamar as entidades para chegarmos a um entendimentos”, disse.

Ele também apontou que o secretário da Administração, Lúcio Mascarenhas, já estaria convidado pelos deputados para comparecer à Assembleia Legislativa na próxima terça-feira, 11, e que acredita que a interferência do Legislativo pode facilitar o diálogo.

Os sindicatos que representam as categorias marcaram para segunda-feira, 10, às 14 horas, uma reunião para realizarem um balanço da mobilização dessa quinta.

Reclamações
Durante a paralisação, foram constantes as reclamações de servidores alegando estarem sendo coagidos a não participarem do ato. Um caso que chamou a atenção foi de uma servidora da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran). Adriana Oliveira de Morais, formalizou uma denúncia de que ela e mais seis funcionárias foram mantidas em uma sala isolada e impedidas de circularem no órgão. Conforme o policial Adriano Pires contou ao CT, a intenção do coordenador da Ciretran, Luis Alberto, era “não assustar” quem passava pelo local.

De acordo com o Boletim de Ocorrência que o CT teve acesso, Luis Alberto “ordenou” que as funcionárias permanecessem numa sala reservada, sem ar-condicionado, durante toda esta quinta ou enquanto durasse o manifesto realizado em favor da data-base.

Na Secretaria da Fazenda (sede) e na Delegacia da recita Estadual de Palmas, os servidores que compareceram, em sua grande maioria o fizeram usando roupa preta, em protesto ao atraso e a indefinição do governo quanto ao pagamento da reposição salarial da data-base.

O SINDARE - Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual do Estado do Tocantins, seguiu o que ficou definido na assembléia geral do servidores públicos do Poder Executivo e, verdadeiramente, aderiu ao movimento.