• 26 de abril de 2011

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, disse ontem que o indicador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) deverá encerrar abril em um nível próximo do que foi observado no decorrer do mês, quando se situou na casa de 0,80% nos três levantamentos quadrissemanais.

Em entrevista à Agência Estado, ele disse que o comportamento do indicador de inflação continua sendo direcionado principalmente pelos preços dos combustíveis, apesar de um leve sinal recente de desaceleração do etanol.?Ontem, a FGV divulgou que o IPC-S registrou taxa de 0,80% na 3ª quadrissemana de abril, depois de apresentar taxas de 0,83% na 2ª leitura do mês e de 0,89% na 1ª quadrissemana.

 Entre a 2ª quadrissemana e a 3ª, a alta do segmento de Combustíveis passou de 4,97% para 5,48%, especialmente por conta do comportamento do preço da gasolina, cuja variação positiva passou de 3,76% para 4,66%, enquanto a alta média do etanol caiu de 14,01% para 12,59%.?"Não mudou muito a história", avaliou Picchetti.

Na ponta contrária, como fator de ligeiro alívio para o IPC-S, o coordenador destacou o segmento de Hortaliças e Legumes, cuja variação positiva passou de 5,83% para 3,71% e ajudou a alta do grupo Alimentação desacelerar, de 1,10% para 0,91% entre a 2ª e a 3ª quadrissemanas.

De acordo com ele, um grande exemplo da volatilidade que este segmento costuma mostrar veio do tomate, que saiu de uma variação positiva de 0,20% para uma queda de 12,77% e representou um alívio de 0,07 ponto porcentual para a inflação do período.?

Mesmo com este movimento da Alimentação, Picchetti não se mostrou entusiasmado com o comportamento geral do IPC-S, já que, além da pressão dos combustíveis, o índice já começa a captar o recente reajuste nos preços dos remédios e, no próprio grupo Alimentação espera-se o início de impactos maiores das altas nos preços dos laticínios.

Entre a 2ª e a 3ª quadrissemana, o grupo Saúde, que abriga a parte de medicamentos, saiu de uma alta de 0,81% para um avanço de 0,87%. Já a elevação do segmento de Laticínios passou de 1,8% para 2,12%.

Com informações: Agência Estado