- 21 de dezembro de 2022
A Assembleia Legislativa de Goiás votará, em convocação extraordinária, o aumento de salários de governador, vice, deputados estaduais e secretários. A iniciativa se dá após a aprovação do reajuste salarial de presidente da República, parlamentares e ministros.
Enquanto isso, o Tocantins fica há 11 anos sem reajustar os salários do primeiro escalão do governo estadual e de deputados estaduais o que reflete nos subsídios dos servidores públicos estaduais, que tem como teto remuneratório o valor do salário do governador tocantinense.
Em todo o Brasil, a maioria dos Estados está adotando o Teto Remuneratório Único, que tem como base os subsídios dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. Recentemente os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Bahia aprovaram o Teto Único Remuneratória.Apenas o Tocantins, Espírito Santo e Paraíba ainda adotam o teto remuneratório político, ou seja, limitado os ganhos dos servidores aos subsídios do governador.
“Nós pleiteamos que seja adotado o Teto Remuneratório Único, como na maioria dos estados e baseado nos subsídios dos ministros do STF. E até que isso seja aprovado, defendemos que o salário do governador tenha um real ajuste, um valor que possa corrigir, mesmo que em parte, essa injustiça. Não podemos tapar o sol com a peneira. São milhares de servidores públicos que estão sendo prejudicados com esta inércia”, afirmou Jorge Couto, presidente do Sindare e da Audifisco, que fala em nome dos auditores fiscais, umas das categorias mais prejudicadas pela atual política de remuneração.
Couto tem visitado deputados, secretários, autoridade e outras associações para que sejam feitas tais mudanças. “Vamos continuar nesta luta, porque ela não é só de um grupo, é coletiva e precisa de uma união para que seja efetivamente realizada”, finalizou.
No caso de Goiás, o reajuste será escalonado sendo dois aplicados em 2023, um em 2024 e um em 2025, podendo ter um aumento real de mais de 37%.