- 04 de dezembro de 2025
A Comissão de representantes sindicais e classistas esteve reunida durante a tarde desta quarta-feira, 03, por quase duas horas, com o governador em exercício do Estado do Tocantins, Laurez Moreira, para tratar da implementação do teto remuneratório único dos servidores de diversas categorias atingidas. O encontro, aguardado pelas categorias, trouxe desdobramentos, avanços e abriu espaço para uma possível decisão ainda nos próximos dias.
Representação na reunião
Representando o SINDARE e a AUDIFISCO, participaram Jorge Couto e Artur Alcides, que conduziram a argumentação técnica e política em nome das entidades. Dr Reginaldo Abdalla, do SIMED; José Ronaldo, da Fesserto; Divaldo Andrade, Rogério Jatobá e Samuel Andrade, do SINDIFISCAL; Dr Bruno Azevêdo, do SINDEPOL, Ten. Cel. Adão Lima, da ASMIR; e Ten. Cel De Souza, da AOMETO, também tiveram participação ativa na reunião, todos fazendo ponderações objetivas, importantes e claras em favor da PEC do teto. Estiveram ainda presentes, somando forças, diante do contexto político e técnico da negociação, os auditores fiscais Suzano Lino, João Abadio e João Campos. Estes se reuniram a seguir com o governador e reiteraram o pedido pela implantação do teto.
O que foi apresentado ao Governador
Durante a reunião, os representantes detalharam novos elementos financeiros que comprovam a viabilidade da medida. O presidente do Sindare abriu a reunião apresentando os argumentos técnicos econômicos e demonstrando a viabilidade inequívoca da concessão do teto remuneração único. O governador chegou a consultar um secretário da área econômica, que não contestou os números apresentados. Entre os pontos expostos, destacou-se que apenas três estados ainda não regulamentaram o teto: São Paulo, Paraíba e Tocantins, sendo o Tocantins o menor teto entre todos. Foi demonstrado que o adicional, para fins de teto, nem assim deve ser considerado, uma vez que já está previsto no orçamento e já consta da folha, não gerando qualquer impacto novo. A comissão também ressaltou que muitos servidores continuam devolvendo valores expressivos, evidenciando a necessidade de correção da distorção. Além disso, a medida aumentaria a arrecadação da Previdência (14%) e do Imposto de Renda (27,5%), trazendo retorno financeiro ao próprio Estado.
Em determinado momento da reunião, o governador a Laurez Moreira, que ouviu a todos, de forma educada e atenta, sem limitar tempo de fala dos representantes dos impactados, entregou o próprio celular com a senha para que o presidente, Jorge Couto, realizasse os cálculos junto com ele. Após conferir os números, reconheceu que o impacto real era bem menor do que se imaginava e recuou do posicionamento inicial de que não seria possível conceder agora.
A contraproposta entregue
A Comissão apresentou em mãos a contraproposta que prevê 85% do teto do desembargador do Tribunal de Justiça a partir de janeiro de 2026, com completude até abril de 2026, prazo limite permitido antes das restrições eleitorais. Embora não tenha fixado uma data de resposta, o governador afirmou que a situação será “superada”, demonstrando abertura política para avançar.
Prazo estabelecido pela categoria
Diante da ausência de prazo oficial, a Comissão deliberou que aguardará uma resposta até a próxima segunda-feira, 08. Caso não haja retorno, a categoria retornará ao Parlamento, cobrará posicionamento direto do Executivo e manterá a mobilização ativa. A próxima sessão plenária da Assembleia Legislativa, na terça-feira, 09, já será acompanhada pelas categorias.
Filiados presentes na mobilização
Além dos membros da comissão, também estiveram presentes na mobilização José Wagner Pio, Marco Antônio Menezes, Tânia Maria, Raimunda Nonata, Zenaide Alves, Ana Maria Leda, Wagner Garcia, Garden de Araújo, Gaspar Macedo, Luiz Carlos Leal, Wanderley Noleto, Edivanete Barnabé, João Alberto Barbosa, Gilberto Gomes e Moacy Lima.
Mobilização segue firme
A Comissão avaliou que há sinais claros de vontade política por parte do governo e que a decisão pode ocorrer mais rápido do que inicialmente previsto. Ainda assim, a orientação é que todos permaneçam mobilizados até a resposta oficial do Executivo.







