• 13 de maio de 2011
Líderes sindicais, em encontro nesta quinta-feira (5) com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, estabeleceram uma agenda de discussões sobre temas de interesse da classe trabalhadora e marcaram uma reunião para o início do próximo mês para discutir o fim do fator previdenciário. De acordo com o presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Antonio Neto, o fim do fator é uma das prioridades das centrais. â??Marcamos uma reunião sobre isso para o dia 2 de junho. Nesse encontro, o Governo deverá apresentar sua proposta para o fator previdenciárioâ?, diz o sindicalista. De acordo com Neto, as centrais sindicais terão um encontro na próxima segunda-feira (9) para discutir qual será a estratégia em relação ao fator previdenciário. â??Nós consideramos o fator previdenciário uma excrescência. A última posição das centrais foi de extinguir pura e simplesmente, mas agora, na próxima reunião, vamos discutir qual a melhor alternativaâ?, ressalta Neto. Segundo o o vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres, uma das alternativas que devem ser discutidas na reunião da semana que vem é a junção da idade mínima para aposentadoria com o tempo de contribuição. â??A ideia é organizar as centrais nesta próxima reunião e ir para os encontros com o Governo com alguns pontos definidos e trabalhadosâ?, acrescenta. O que é - De maneira geral, o fator previdenciário incentiva o contribuinte a deixar a aposentadoria para depois. O instrumento leva em conta o tempo de contribuição do trabalhador, sua idade e a expectativa de vida. Com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, o cálculo do fator foi alterado, postergando ainda mais a aposentadoria do trabalhador. Segundo o INSS, considerando-se a mesma idade e tempo de contribuição, um segurado de 55 anos de idade e 35 de contribuição que pedir a aposentadoria a partir de agora terá de contribuir por mais 41 dias para manter o mesmo valor do benefício. Outros temas - Além do fim do fator previdenciário, as centrais também agendaram com o ministro Gilberto Carvalho novas rodadas de discussões sobre outros temas, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, a regulamentação da terceirização e a desoneração da folha de pagamento. "Em primeiro lugar, não é verdade que desonerar gera emprego. Além disso, queremos debater os impactos da desoneração na seguridade social. A verdade é que temos apresentado um conjunto de propostas para enfrentar a questão da injustiça tributária que queremos debatê-las com o governoâ?, disse o presidente da CUT (Central Ã?nica dos Trabalhadores), Artur Henrique. Com informações:site FENAFISCO