• 15 de março de 2012
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central atribuiu em sua última reunião ter "elevada probabilidade" à concretização de a taxa básica de juros (Selic) se deslocar e se estabilizar no patamar ligeiramente acima dos mínimos históricos. O piso já alcançado na taxa básica de juros é de 8,75% ao ano, que vigorou entre julho de 2009 a abril de 2010.

 

"O Copom atribui elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares ligeiramente acima dos mínimos históricos, e nesses patamares se estabilizando", informou o BC na ata da última reunião do Copom. Na semana passada, o Copom acelerou o passo e reduziu a taxa básica de juros do país em 0,75 ponto percentual, para 9,75% ao ano, voltando ao patamar de um dígito depois de quase dois anos.

 

Para o economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho, o piso da redução da taxa Selic neste ciclo monetário será de 9%. Ele afirmou ainda que o crescimento econômico está abaixo do potencial. "Esse crescimento abaixo do potencial referendou o corte de 0,75 ponto na última reunião", afirmou Velho.

 

Pesquisa recente da Reuters mostrou que, na mediana dos especialistas consultados, o Copom optaria por cortes na Selic que a levariam a 8,50% no fim do ano, o que seria o um novo recorde histórico.

 

O Copom avaliou também que mudanças estruturais na economia brasileira possibilitaram o recuo nos juros, sobretudo na taxa neutra. Na ata, também avaliou que houve redução dos prêmios de risco em consequência do cumprimento da meta de inflação, da estabilidade macroeconômica e de avanços institucionais.

 

"O processo de redução dos juros foi favorecido por mudanças na estrutura dos mercados financeiros e de capitais, pelo aprofundamento do mercado de crédito bem como pela geração de superávits primários consistentes com a manutenção de tendência decrescente para a relação entre dívida pública e PIB", informou o Copom na ata.

 

Além disso, o Copom avaliou na última reunião que mudanças estruturais na economia brasileira possibilitaram o recuo nos juros, sobretudo na taxa neutra. Na ata da reunião o órgão informou que houve redução dos prêmios de risco em consequência do cumprimento da meta de inflação, da estabilidade macroeconômica e de avanços institucionais.

 

"O processo de redução dos juros foi favorecido por mudanças na estrutura dos mercados financeiros e de capitais, pelo aprofundamento do mercado de crédito bem como pela geração de superávits primários consistentes com a manutenção de tendência decrescente para a relação entre dívida pública e PIB", informou o Copom na ata.

 

Sinais
A indicação de que o BC queria levar a Selic abaixo de 10% veio na ata do Copom de janeiro, quando explicitamente informou que havia " elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares de um dígito."

 

A grande preocupação do governo é estimular a economia e garantir um crescimento na casa de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Em 2011, a economia brasileira cresceu apenas 2,7%, puxado por um mau desempenho da indústria. Para tanto, a equipe da presidente Dilma Rousseff tem deixado claro que vai anunciar mais medidas para acelerar o crescimento da atividade, sobretudo na indústria.

 

Com informações: site Economia Terra