• 14 de março de 2006
(22/02) Agência Estado: Alexandre Barbosa O Brasil verá, a partir de 1º de abril, o início de projetos-piloto de notas fiscais eletrônicas (NF-e), como parte de um novo padrão de comunicação entre empresas. A idéia é que, usando certificados digitais, estes documentos eletrônicos tenham a mesma validade de notas fiscais convencionais. O objetivo é facilitar as transações entre empresas, além de simplificar a administração e o armazenamento destes documentos, já que as empresas são obrigadas por lei a armazenar todas as notas fiscais impressas por um período de até seis anos. A iniciativa conta com o apoio da Associação Brasileira de e-business e da empresa de tecnologia eCorp. As organizações estão criando um Comitê Empresarial NF-e, para ajudar a esclarecer as empresas sobre os ajustes necessários para que empresas possam se ajustar a estes novos sistemas. "Também queremos que as empresas atuem de forma organizada, no sentido de ajudar a Fazenda a estabelecer as melhores plataformas tecnológicas na implantação destes sistemas, usando padrões abertos com o XML na troca de dados", explica Richard Lowenthal, presidente da Associação Brasileira de e-business. Segundo ele, a entidade quer servir também como um fórum de fomento e divulgação sobre a adoção das notas fiscais eletrônicas. A NF-e será implantada nas 27 Secretarias da Fazenda existentes no País. Neste momento, participarão do piloto apenas os estados de São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul, Goiás e Maranhão. O Novo Padrão B2B Brasileiro deve estar disponível para todas as empresas a partir de 1º de janeiro de 2007. Nova nota fiscal eletrônica cria demandas (24/02) Gazeta Mercantil: Ana Carolina Saito A adoção da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), arquivo eletrônico com assinatura digital que promete substituir a tradicional nota em papel, deve criar uma nova oportunidade de negócios para softwares e serviços de TI, prevê Flávio Ortêncio, sócio-diretor da Soft Team, especilizada em soluções para a área fiscal. Com receita de R$ 19 milhões em 2005 e crescimento anual de 30%, a empresa quer faturar R$ 8 milhões no próximo ano apenas com projetos relacionados à nota fiscal eletrônica. Em setembro passado, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e a Receita Federal instituíram o uso da NF-e para cobrança de ICMS e IPI. A partir de abril, seis estados - São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Goiás e Maranhão - começarão a oferecer uma versão piloto do sistema on-line de pagamento de impostos e passam a contar com informações em tempo real. O projeto será estendido aos demais estados em 2007. Segundo Ortêncio, das 19 empresas que participam do projeto, apenas quatro (Wickbold, Volkswagen, Souza Cruz e Ultragaz) devem aderir à nota eletrônica em abril. "Muitas perceberam não ter condições técnicas para entrar no sistema e por isso vão aderir só em junho." Em fevereiro, diz Ortêncio, houve uma corrida das empresas em busca de soluções nessa área. Com isso, a Soft Team decidiu antecipar o lançamento do software Triangulus NF-e, que teve desenvolvimento da Config, para a geração e envio do documento eletrônico para a Secretaria da Fazenda segundo as normas definidas no projeto. Ele permite a integração aos principais sistemas de gestão (ERPs) de mercado. O aplicativo, que seria apresentado apenas na terceira semana de março, foi lançado ontem pela Soft Team em evento fechado para 20 empresas, em São Paulo. Hoje, ele está sendo testado na Wickbold. O presidente da Associação Brasileira de e-business, Richard Lowenthal, estima uma redução de 3% a 4% nos custos dos processos de emissão de notas com o meio eletrônico, lembrando que as empresas são obrigadas a guardar nota de ICMS por cinco anos "Hoje, o B2B (comércio eletrônico entre empresas) representa 15% dos pedidos das empresas. Com a adoção da nota fiscal eletrônica, elas podem ampliar essa prática", defende. A associação criou nesta semana o Comitê Empresarial NF-e, para que seus 200 associados possam tirar dúvidas e apresentar sugestões à Secretaria da Fazenda. "O projeto mexe com muitos processos internos das empresas e suas relações com os clientes. O que não está muito claro é a questão da padronização do funcionamento dos processos dentro da companhia."