• 11 de julho de 2012
 
O governo adiou e não marcou nova data para apresentar a proposta que substituirá o fator previdenciário. O descaso gerou protestos entre os que esperavam uma proposta concreta, como a definição da idade mínima para os homens e para as mulheres. Para a presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Jane Berwanger, "a impressão é de que o governo está empurrando com a barriga. Infelizmente a expectativa é baixa de que a situação vá evoluir neste ano", comentou.
Segundo ela, a melhor proposta até o momento é a fórmula 85/95 porque, pelo menos, dá segurança ao trabalhador. Dessa forma, quando ele atingir esse número pela soma do tempo de contribuição mais idade, saberá que tem direito a 100% do valor da aposentadoria. Jane criticou a fórmula móvel do fator, uma alternativa divulgada na semana passada pela ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Pelo mecanismo, o número vai crescendo ao longo do tempo, de acordo com o aumento da expectativa de vida do brasileiro.
"As regras a serem aplicadas na Previdência devem ser claras e simples para que toda a população entenda", afirmou a presidente do IBDP. Ela também não acha uma boa opção a idade mínima para a aposentadoria. "Isso é ruim porque, ao longo do tempo, as pessoas perdem a empregabilidade. Chega uma hora que elas não têm emprego nem aposentadoria", observou.
Com informações: site FENAFISCO