• 26 de abril de 2011
Na primeira reunião do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) do governo Dilma Rousseff, o ministro Guido Mantega (Fazenda) sustentou que o país tem uma das economias mais sólidas do mundo e admitiu que há um "surto inflacionário mundial". Mantega, no entanto, disse que o país está preparado para controlar a alta de preços. O ministro, assim como o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, apresentou um mapa comparativo das expectativas inflacionárias no Brasil e em outros países desenvolvidos e em desenvolvimento. "Em matéria de inflação, o Brasil não esta mal na foto mundial", disse Mantega. O ministro listou a situação de vários países, como a China, onde a inflação subiu de 2,5% para 5,4% em 12 meses até março, e destacou que no caso dos Estados Unidos ainda não foi possível avaliar a inflação do petróleo. Tombini, em sua apresentação, citou números que indicam que os países da zona do Euro e o Reino Unido estão com expectativa inflacionária acima da margem de tolerância das metas estipuladas por eles. O ministro da Fazenda afirmou que a preocupação central do Brasil no controle da inflação é evitar o contágio, em vvoutros setores da economia, do aumento dos preços das commodities. Em relação a essa alta, disse o ministro, não há muito a ser feito. "Pouco se pode fazer em relação a commodities. Temos que tomar medidas para que isso não contagie outros setores da economia", disse. Entre essas medidas, disse o ministro aos conselheiros, no salão nobre do Palácio do Planalto, estão o aumento da oferta agrícola, a redução da despesa pública, além de reduzir a expansão do crédito para controlar o mercado interno, chamado por ele de "galinha dos ovos de ouro" e usado novamente como comparação em relação a outros países. "Não devemos poupar armas, devemos usar todas as armas possíveis contra a inflação, seja monetárias ou fiscais", disse. "Queremos moderar o crédito sem matar as galinhas de ovos de ouro. O mercado interno é uma vantagem grande que nós conquistamos." Na fala, o ministro destacou a inflação oficial, medida pelo IPCA, somou 6,3% em doze meses até março, contra 5,2% no mesmo período de 2010. Mantega também projetou uma redução significativa no ritmo das despesas públicas neste ano. Em relação a 2009, as despesas do governo aumentaram 19,3% em 2010. Para 2011, diz Mantega, o índice ficará em 7,1%. A redução de ritmo também alcançará o emprego, com um crescimento menor nos postos de trabalho comparado com 2010. Com informações: site Economia Uol