• 14 de agosto de 2012

Após terem elevação em junho, as taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser reduzidas em julho deste ano, a quinta redução no ano, segundo a Pesquisa de Juros da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). A taxa de juros média geral para pessoa física teve redução de 1,29%, passando de 6,20% ao mês em junho para 6,12% ao mês em julho, a menor taxa de juros da série histórica iniciada em 1995.

Das seis linhas de crédito pesquisadas referentes a juros para a pessoa física, uma apresentou estabilidade (cartão de crédito rotativo), e as demais foram reduzidas.

De acordo com o coordenador de estudos econômicos da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira, as reduções podem ser atribuídas à redução dos índices de inadimplência bem como à redução a taxa básica de juros (Selic) promovida pelo Banco Central.

Taxas para empresas

Para pessoas jurídicas, das três linhas de crédito pesquisadas todas foram reduzidas no mês. A taxa de juros média geral para pessoa jurídica caiu de 1,67% no mês, passando de 3,59% ao mês em junho para 3,53% ao mês em julho, também a menor taxa de juros para empresas da série histórica, iniciada em 1999.

Segundo a Anefac, considerando todas as reduções da taxa básica de juros promovidas pelo Banco Central desde dezembro de 2011, com redução de 3 pontos percentuais, a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma redução de 10,87 pontos percentuais, de 114,84% ao ano em dezembro de 2011 para 103,97% ao ano em julho de 2012.

Nas operações de crédito para pessoa jurídica houve uma redução de 6,09 pontos percentuais (uma redução de 10,55%) de 57,72% ao ano em dezembro de 2011 para 51,63% ao ano em julho de 2012.

De acordo com Oliveira, a expectativa é de que as taxas de juros voltem a ser reduzidas nos próximos meses por conta das prováveis reduções da taxa básica de juros (Selic), pela maior competição no sistema financeiro e pela expectativa de redução dos índices de inadimplência no segundo semestre.

 

Com informações: site Economia UOL