• 03 de novembro de 2012

A possibilidade de a Espanha pedir um resgate aos parceiros europeus e as negociações da Grécia com seus credores dominarão a pauta do G20 Finanças, no domingo e na segunda-feira, no México, mas as presidenciais americanas também atrairão os olhares dos ministros, informaram fontes oficiais.

A dois dias das eleições para a Casa Branca e sem a presença do secretário de Tesouro americano, Tim Geithner, os ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20 buscarão mecanismos para reduzir as "incertezas" que rondam o crescimento mundial, informou o vice-ministro mexicano da Fazenda, Gerardo Rodríguez Regordosa.

A crise europeia estará no centro das discussões e espera-se que os ministros façam "um balanço" das medidas que a Eurozona vem adotado para sair do buraco, informou uma fonte oficial francesa que pediu para ter sua identidade preservada.

Funcionários europeus anteciparam que Espanha e Grécia ocuparão boa parte das discussões deste grupo de países ricos e emergentes, do qual fazem parte Brasil, México e Argentina.

Uma fonte alemã destacou que "ainda há assuntos pendentes a discutir no âmbito da troika (UE, FMI e Banco Central Europeu) e também no Eurogrupo entre ministros das Finanças" para alcançar uma solução duradoura para a Grécia, que busca persuadir seus credores para que desbloqueiem parte da ajuda prometida, mas sem novas medidas de austeridade.

O México, que ocupa a presidência do G20, espera que a Espanha aproveite a oportunidade para explicar porque o país não pediu um resgate global a seus parceiros europeus através do programa de compra da dívida do Banco Central Europeu (BCE), que lhe permitiria reduzir seus custos de financiamento.

Para o ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, "será uma oportunidade para que atualize a todos sobre o que estão pensando e se vão tomar decisões agora no curto prazo", afirmou o mexicano Rodríguez Regordosa, em uma clara alusão à falta de decisões de parte de Madri.

Os países emergentes voltarão a pedir contas sobre a adiada reforma de cotas do Fundo Monetário Internacional.

"Esperamos ter algum avanço, algum direcionamento de para onde vai a discussão", explicou o vice-ministro mexicano, que admitiu que a reforma, aprovada em 2010, "vai demorar mais porque o compromisso é ter isso até 2013".

 

Com informações: site Economia UOL