• 22 de junho de 2011
O custo do financiamento e a alta carga tributária foram os principais fatores de limitação dos investimentos em capital fixo na indústria de transformação previstos para 2011. A Sondagem de Investimento, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), apontou que, das empresas com dificuldade para realizar investimentos neste ano, 42% apontaram a carga tributária elevada como entrave considerável, percentual que atingiu 33% para o custo do financiamento. Das 812 companhias pesquisadas, apenas 33% afirmaram encontrar problemas para realizar investimento em 2011, mesmo percentual de 2010, mas bem abaixo dos 87% de 2009, ano em que as empresas foram afetadas pelos efeitos da crise internacional. Para Aloisio Campelo, economista do Ibre-FGV, as altas da taxa básica de juros e os ajustes feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Programa de Sustentação do Investimento (PSI) contribuíram para o aumento da percepção de que o custo e a carga tributária limitam o investimento. No ano passado, do universo de empresas que afirmaram ter problemas para investir, apenas 26% citaram os dois quesitos como limitantes. Por outro lado, a limitação de recursos da empresa foi informada como gargalo ao investimento por 34% das companhias com dificuldade. Apesar de o percentual ser ligeiramente maior que o de companhias com receios sobre o custo do investimento, o quesito teve forte queda na participação, já que no ano passado 42% das indústrias com problemas para investir citaram a falta de recursos próprios. Em relação ao total de companhias pesquisadas, a limitação de recursos da empresa e o custo do financiamento foram citados por 11% das companhias, enquanto a carga tributária foi vista como barreira por 14% dos entrevistados. Em relação aos setores, 39% dos fabricantes de bens de consumo veem dificuldade para investir. Nesse universo, 41% dos bens de consumo não duráveis citaram limitações ao investimento, enquanto o percentual foi de 32% para os bens duráveis. Nos bens de capital o percentual foi de 34% e nos fabricantes de bens intermediários, 32%. Com informações: site FENAFISCO