• 29 de junho de 2011
O Banco Central (BC) elevou nesta quarta-feira a previsão de inflação para 2011 de 5,6% para 5,8% ao ano. A meta de inflação, segundo o BC, leva em consideração a manutenção da taxa básica de juros (Selic) no atual patamar de 12,25% ao ano e o dólar a R$ 1,60. A previsão de inflação para o ano que vem também aumentou de 4,6% para 4,8%. A projeção foi divulgada hoje no segundo relatório trimestral de inflação de 2011. Mesmo com o aumento na previsão de inflação para o ano, o BC considera que o indicador mostra "certa moderação, em parte, reflexo do arrefecimento dos preços dos alimentos e da reversão, em casos específicos, de reajustes de preços administrados ocorridos no primeiro trimestre deste ano. Ressalte-se que as taxas de inflação acumuladas em doze meses seguem em elevação, mas com perspectiva de reversão no segundo semestre de 2011". A autoridade monetária afirma, no entanto, que poderão ser necessários novos aumentos na taxa básica de juro (Selic), com o objetivo de levar a inflação ao centro da meta em 2012. O BC manteve a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 4% para este ano e avalia o ritmo de crescimento da economia brasileira está mais "condizente" com taxas sustentáveis, o que deve levar à diminuição do descompasso entre a expansão da oferta de bens e serviços e o crescimento da demanda doméstica. De acordo com a autoridade monetária, o crescimento da economia brasileira em 2011 foi sustentado pelo mercado interno, "com condições favoráveis para o mercado de trabalho, consumo das famílias e investimentos", ainda que tenha sido em menor ritmo do que o observado em 2010. Este ano, a expectativa é que o ritmo de expansão continue moderado, cenário consistente com os efeitos esperados pelas medidas de contenção de crédito adotadas pelo governo. As medidas macroprudenciais afetaram também as operações de crédito na primeira metade de 2011. O arrefecimento no ritmo de contratação de novos empréstimos vem ocorrendo principalmente no segmento pessoa física. O aumento nas taxas de juros e a maior restrição para a concessão de empréstimos com prazos maiores contribuiu para o aumento da taxa de inadimplência das famílias a partir de fevereiro. A taxa média de juros no segmento de pessoas físicas atingiu 46,8% em maio, alta de 3,3 pontos percentuais no trimestre. As taxas de juros para empréstimo pessoal para compra de carros subiram, nos últimos três meses, 1,7 ponto percentual e 3,1 pontos percentuais, respectivamente. Com informações: site Economia Terra