• 09 de agosto de 2009
A pedido de um colega Auditor Fiscal, que prefere, por ora, o anonimato, este site reproduz a seguir um texto e um oração de sua autoria. Apesar de chateado e triste com tanta briga entre as pessoas que nos representam, tantos colegas que representando os seus sindicatos ou associação tem grande parcela de contribuição prestada para o Fisco deste Tocantins, me obrigo a enviar esta mensagem e uma oração, justamente por reconhecer que todos vocês são muito mais úteis se unidos e que essas brigas e provocações não vão levar a nada. Já não bastam tantos problemas que temos que enfrentar, por causa de algumas administrações nefastas para toda a nossa categoria? E toda vez que nos unimos o resultado foi sempre o melhor para todos. Não posso comungar com as ameaças mútuas. Isso é coisa de provincianos. Vocês todos falam tanto em Deus, e sempre que se deparam com alguma dificuldade, partem para agressões ou ameaças. Prá mim não importa quem está certo ou errado. Acho que em alguns pontos estão todos certos, noutros pontos estão todos errados. Sei que fundo no fundo todos vocês querem o melhor para os eus representados. Mas todo tipo de ação tem limite. Agora me parece que vocês estão sendo primitivos demais. Essa coisa de agressões verbais, fotografias de supostos adversários em sites, esse tipo de coisa em nada nos vai ajudar. Divididos, seremos ??presas fáceis? para os verdadeiros inimigos. Por isso aos Zés, aos Jorges, aos Luizes, aos Samuel??s, aos Paulos, aos Divaldos, aos Marcélios, aos Evértons, aos Renatos, aos Gilmares, aos Severinos, enfim a todos vocês que inestimáveis e relevantes serviços prestados à briosa categoria de servidores do Fisco Tocantinense, vamos nos unir, utilizem as suas inteligências para o bem comum. Essa coisa de um ficar fazendo beicinho porque o outro conseguiu um reajuste superior ao outro, ou conseguiu registro sindical antes do outro, não vai a lugar nenhum. Muito menos ficar maculando a imagem do outro porque supostamente ingressou com alguma ação em ADIN ou coisa que o valha. Paremos com essas coisas pelo amor de Deus! Na democracia a justiça existe para que qualquer um exerça os seus legítimos direitos. Se um conseguiu na Justiça um registro sindical ou se outro quer na justiça resolver qualquer outra questão, isso não nos parece motivo para agressões, perseguições ou ameaças. Não se pode querer a barbárie. Cadê a responsabilidade dos nossos dirigentes. Será que se está mensurando os efeitos que podem gerar o incitamentos dos colegas? Ainda mais expondo a fotografia de um colega, que até me provem contrário também tem sido muito combativo em favor de seus representados e que também já contribui e ajudou muito a toda categoria fiscal, quando solicitado. Vamos dialogar. Vamos nos unir. Para tudo tem jeito. Para corrigir um reajuste a menor. Para que cada um mantenha a sua organização sindical. E para que esse Amicus Curie (acho que é isso) não prospere. Eu me preocupo é com a ADIN e não com esse tal de Amicus Curie. Pelo menos nas minhas consultas jurídicas, o ??Amicus Curie?, pude perceber, não será determinante. Por favor caros colegas, Unam-se. Nos unamos. E não percam a linha, lembrem-se neste dia dos Pais, que todos vocês têm filhos para criar e sei que eles são hoje a razão de sua existência. Quando entrarmos em desespero pensemos primeiro em Deus, depois nos nossos filhos e nos nossos pais. Seja lá o que vier acontecer com a ADI, com o registro sindical ou com salário de todos, seja lá o que for, nós vamos sempre necessitar um do outro. Sempre. Sejamos humildes! Por isso vamos criar uma agenda positiva. Vamos ver o que um pode ajudar ao outro. Eu disse AJUDAR! Se um não tem culpa por resjustes que anão alcançaram a todos, vamos ajudar corrigir isso. Se o outro diz que não quer a ADIN, vamos ver então aonde ele pode nos ajudar contra a mesma. Sei que se vocês sentarem como homens capazes que são, todos vão sair ganhando. Mesmo que não se ganhe agora, a união será sempre necessária. A desunião, as amaças e agressões pessoais deixam seqüelas. Portanto não façamos isso. Por favor! A vida é curta demais, por isso não devemos fazer dela um campo de batalha contra os nossos irmãos. Com o juízo com que julgardes, sereis também julgados; e com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos (Mt 7,2). A essência do verdadeiro amor está em aceitar os lapsos do outro. A essência de Deus é o Amor e a Vida. Quando falamos mal dos outros estamos alimentando sentimentos de inveja ou ciúmes, que se manifestam em nosso ser de forma consciente ou inconsciente. O ciúme é a arma dos inseguros, dos que ainda não aprenderam verdadeiramente a amar. A palavra falada é como uma abelha: tem mel e tem ferrão. Que nossas palavras sejam doces como o mel e não ardentes e dolorosas como um ferrão. Que as palavras que saem da nossa boca sejam sempre construtivas. Torna-te modelo para os fiéis no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade (1Tm 4,12). Falar bem dos outros é uma virtude, uma nobreza de caráter. Deve-se elogiar uma pessoa na sua presença apenas parcialmente, mas na sua ausência se deve fazê-lo plenamente. No mundo de hoje, precisamos mais do que nunca reavaliar a nossa capacidade de amar. Nunca o mundo comportou tanta depressão, tanta angústia, como nos dias atuais. Quando amamos nos encontramos. Tudo é feito para se completar, para estar junto, para conviver. Nada é feito para estar só. Quem pensa somente em si, acaba ficando sozinho, sem amizades. No egoísmo, nos distanciamos do ideal para o qual fomos criados. No coração do homem existe uma profunda sede de amar e ser amado. Nas turbulências da vida, não se deve caminhar sozinho, pois há muitos outros peregrinos em busca da mesma meta. Caminhar sozinho não é caminhar é desandar. Não se vive bem, não se vive feliz quando nos isolamos e evitamos os relacionamentos. Somos feitos para o encontro. A amizade é uma necessidade do coração humano. O amigo verdadeiro é aquele que ama e compreende o outro, sobretudo, nos momentos de dificuldade. Para vivermos essa experiência, precisamos nos deixar amadurecer mais pelo amor doado do que pelo recebido. Deus, modelo perfeito de amizade, diz em sua Palavra que há mais felicidade em dar do que em receber (At 20,35). O Senhor repreende e educa aqueles que ama. Está sempre a bater a porta de nosso coração (Ap 3,19-20) e adiamos as coisas de Deus para amanhã, privando-as assim de toda eficácia, porque queremos fazer em primeiro lugar a nossa vontade. Ele na sua infinita misericórdia faz tudo ao seu tempo. Quando essa força superior interfere em nossa vida, quer nos mostrar que esse é o tempo favorável, não dá mais para adiar a nossa conversão, quer o nosso ??sim? para que sendo fiel no mínimo possa nos confiar o máximo. Deseja um maior compromisso de nossa parte, talvez querendo curar de infidelidades, tibieza na caminhada espiritual e/ou nos elevar para um plano espiritual superior. O ser humano não nasce pronto, nasce inacabado. Se investirmos em nosso eu interior, em nossa alma, poderemos ser seres humanos plenos. O sinal de que a nossa experiência de Luz é verdadeira, é quando ela nos permite descobrir nossa sombra. Cada situação de sombra em nosso ser, esconde uma chama divina. Através do sofrimento, Deus quer sempre nos mostrar algo, que ainda precisamos enxergar e, assim, vamos amadurecendo, nos conhecendo melhor e trilhando o caminho da perfeição, da santidade. ? sinal de maturidade humana aceitar o desafio do sofrimento. Quando se sente que o sofrimento ultrapassa as nossas forças humanas, só Deus poderá verdadeiramente nos conformar e nos aquietar. Devemos recorrer a Ele através da oração pessoal ou recebendo orações de outros irmãos, sobretudo, de ministros de cura. Se possível, procuremos permanecer em adoração ao Santíssimo Sacramento durante o tempo que for necessário para que o nosso ser seja pacificado e para nos enchermos com o seu amor. A oração é a melhor auto-medicação para as nossas angústias e sofrimentos. Sem oração, é fácil escorregar e cair. A oração é a quietude, onde se encontra a luz, o amor e a realização maior. Aprender a orar ou orar melhor, consiste, fundamentalmente, em redescobrir o caminho que leva ao coração. A oração nos eleva a grande dignidade de conversar com o nosso Rei. Cristo é nosso Rei e nós seus súditos. Como súditos lutamos em favor do Rei. A vida de um cristão é uma luta contínua em favor do amor e do bem, a fim de combater as forças do mal e do ódio. Devemos orar sobretudo por aqueles que nos incomodam ou que não conseguimos perdoá-los verdadeiramente. Também pedir a cura de traumas ou feridas profundas que estão enterrados no nosso coração e que passam a nos atormentar no período de tribulações. Segundo Frei Patrício Sciadini: ??Através da oração, Deus vem à nossa procura no nosso esconderijo de pecado e de dor, para reiniciar conosco um diálogo que nós mesmos interrompemos?. Oração e tribulação são ações quase antagônicas e, portanto, se manifestam de formas diferentes, enquanto a primeira nos conduz a paz, fraternidade e serenidade, a última, nos leva a inquietação, irritação, por vezes, egocentrismo, murmuração e dureza de coração, pois a palavra tribulação vem de tribologia que significa o estudo dos atritos. No entanto, como diz o Santo Padre, o sofrimento adquire um sentido misteriosamente positivo quando é vivido à luz dos planos de Deus. Nessa perspectiva, no livro de Tobias, essa mensagem é clara: ??Todo aquele que vos honra tem a certeza de que sua vida, se for provada, será coroada; que depois da tribulação haverá a libertação... Após a tempestade, mandais a bonança; depois das lágrimas, derramais a alegria? (Tb 3,21-22). O sofrimento prolongado nos causa mais angústia, pelo fato de acharmos que nossas orações não são agradáveis a Deus. Quando recebemos orações e libertações até parece que tudo volta ao normal, contudo, de repente os bombardeios interiores recidivam, às vezes, com maior intensidade. Como diz São Paulo: faz-se não o bem que quer, mas o mal que não quer. Nas tréguas, procura-se reconciliar com Deus e com os irmãos para reparar os estragos causados em nossa alma. Essas recaídas tendem a ocorrer, enquanto a raiz de todo o mal não tiver sido removida. Em alguns momentos, o desespero quer tomar conta de nosso ser, porque mesmo procurando permanecer com Deus, parece que estamos provocando uma ira ainda maior dEle contra nós. Achamos que Deus não escuta as nossas orações, que estamos sendo rejeitados ou abandonados por Ele. Contudo é exatamente nos momentos mais difíceis, que o Senhor está mais presente em nossa vida, vem nos confortar, pedindo paciência, humildade e mansidão, visto que irá atender as nossas súplicas no tempo certo. Na maioria das vezes, não sabemos esperar as demoras do Senhor. O Senhor nos pede paciência e perseverança nos períodos turbulentos. Através de Sua Palavra, nos exorta: Endireita o coração e sê constante; não tenhas pressa no momento da adversidade (Eclo 2,2). E Deus não fará justiça aos eleitos que clamam por Ele dia e noite, mesmo quando os fizer esperar? (Lc 18,7). Pela paciência salvareis vossas vidas (Lc 21,19). Não vamos nos intimidar com as adversidades da vida, mas nos comprometer com a transformação do mundo, ser vigilantes na oração, enquanto aguardamos uma vida nova e diferente. Assim como as provações tendem a surgir gradativamente, as graças também tendem a acontecer paulatinamente nos anos subseqüentes às provações. As pessoas não suportariam muitas tribulações ou muitas graças de uma só vez. Após um período de provações, podemos renascer, sarar de todas as feridas, mesmo as mais profundas. Tomemos consciência de que a paz interior se consegue com o cultivo do amor e da paz nas relações humanas. O pecado já não vos dominará porque agora não estais sob a Lei e sim sob a graça (Rm 6,14). Dessa forma, o céu poderá começar aqui na terra. Seria inútil ganharmos o mundo com nossas próprias forças se viermos perder a Deus. No entanto, somos privilegiados porque o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido (Lc 19,10). Ele nos ama e é capaz de nos fazer santos. A santidade não é um alvo impossível. Precisamos continuamente suplicar a Luz de Deus: ??Espírito Santo, tu és meu consolo, arranca-me das trevas, as trevas que são o pecado, que é o olhar tanto para mim e tão pouco para ti e para meus irmãos. Que eu possa contemplar a tua beleza, a tua pureza, a tua santidade naqueles que são criados à tua imagem e semelhança?. Renovemos a nossa fé, ergamos nossos braços e agradeçamos ao Criador o Dom da nossa existência, porque nada foi criado em vão, muito menos a nossa vida. ?s vezes, Ele nos fere com seu amor, porque caminha conosco em cada degrau de nossa vida e não somente no alto da escada. Faça sua assinatura da Revista